Patológico: As Mentiras de Joran Van Der Sloot (agora transmitido no Peacock) traz à tona os fatos em torno do desaparecimento da estudante americana Natalee Holloway em 2005, em Aruba, e os conecta à história contínua de Joran van der Sloot – o principal suspeito do assassinato de Holloway, condenado pelo assassinato de outra mulher no Peru e posteriormente extraditado para os EUA por extorsão à mãe de Holloway. A história de van der Sloot fala por si só quando se trata de crimes verdadeiros. No entanto, já foi contada diversas vezes em revistas, programas de TV e filmes.
O documentário busca retratar o comportamento criminoso de van der Sloot como clínico, mas acaba sendo mais um resumo do porquê ele é tão repugnante. Em maio de 2005, Natalee Holloway desapareceu durante uma viagem a Aruba, tornando um estudante holandês, com conexões políticas na ilha, o principal suspeito. Conforme van der Sloot escapava das acusações, o mistério do caso Holloway ganhava destaque internacional, tornando-se um exemplo do sensacionalismo midiático em torno de mulheres brancas desaparecidas.
O documentário explora os eventos após o desaparecimento de Holloway, tentando estabelecer uma ligação entre esse caso e o assassinato de Stephany Flores em Lima, Peru, em 2010, pelo qual van der Sloot foi condenado. Entrevistas com psicólogos e psiquiatras apontam para as características clínicas do comportamento criminoso de van der Sloot, embora não sejam diagnósticos diretos.
Além das entrevistas com familiares das vítimas e pessoas próximas a van der Sloot, o documentário traz novas perspectivas sobre os assassinatos de Holloway e Flores, apresentando evidências contra o suspeito. A narrativa também destaca a extradição de van der Sloot para os EUA em 2023, por fraude eletrônica, além de explorar os aspectos obscuros de sua personalidade perturbada.
Patológico: As Mentiras de Joran van der Sloot se enquadra em um formato documental que aborda casos de alto perfil, como o assassinato de Shanann Watts e seus filhos ou o desaparecimento de Madeleine McCann. O desempenho emocional de familiares das vítimas, como Matt Holloway, oferece uma perspectiva profunda e comovente sobre a tragédia.
Apesar de retratar van der Sloot como um indivíduo perturbado e possivelmente sociopata, o documentário não apresenta evidências novas e convincentes para respaldar essa afirmação. No entanto, serve como um guia informativo para quem não está familiarizado com os detalhes dos crimes de van der Sloot, mas pode ser dispensável para aqueles que já conhecem a história.