Baseado em fatos reais, a série do Kuwait A Troca conta a história de duas mulheres que se tornaram bem-sucedidas no mundo dominado pelos homens das finanças do Kuwati no final dos anos 80. Sim, as finanças são uma profissão bastante mano, não importa onde você esteja, mas no mundo árabe, suas realizações são realmente notáveis. A história ficcional será capaz de revelar isso?
Tiro de abertura: A água dos aspersores cai no pregão da Bolsa de Valores do Kuwait. Enquanto o alarme toca e as pessoas correm. Duas mulheres se encontram no meio do caos, e uma coloca a cabeça entre as mãos.
A essência: Sete meses antes – no Kuwait, 1987 – Farida (Rawan Mahdi) está fora de um tribunal, observando seu marido Omar (Abdullah Bahman) e seu advogado assinarem os papéis do divórcio.
Ela vai buscar sua filha Jood (Ryan Dashti) em sua escola particular; enquanto os dois repassam seu dever de casa, ela vê um envelope na pasta de Jood. É uma conta de mensalidades vencidas, algo pelo qual Omar era responsável. Apesar da riqueza de Omar, porém, Farida ficou com quase nada no divórcio.
Quando ela compra um vestido para Jood, ela encontra sua amiga Yara (Shabnam Khan), que a incentiva a ir a uma arrecadação de fundos que ela está lançando naquele dia e comprar um lindo vestido dourado para usar lá. Ela cede, apesar de ter que comprar o vestido a prazo.
Farida e Jood estão morando com os pais de Farida, e ela os irrita como antes de se casar com Omar. Com o motorista da família de folga durante a noite, o pai de Farida a leva ao evento e a incentiva a conseguir um emprego se quiser ser independente deles e de todos os outros.
No leilão, ela vê sua prima Munira (Mona Hussain), que dirige sozinha – uma raridade no Kuwait naquela época – em um conversível vermelho. Ela trabalha como funcionária do Bank of Tomorrow na Bolsa de Valores do Kuwait e é a única mulher lá. Os dois têm uma rivalidade amigável e se incitam a uma guerra de lances por uma estátua durante o leilão. Quando Munira vence, porém, uma segunda estátua sai e Farida se compromete a comprá-la, embora não possa pagar.
Munira é muito boa em seu trabalho e não tem medo de dar cotoveladas no pregão dominado por homens. Seu chefe, Saud Salim (Hussain Almahdi), vê isso e diz a ela que, para progredir, ela vai querer fornecer a ele informações que ninguém mais tem.
Farida pede a Omar o dinheiro para a mensalidade de Jood; ele opta por humilhá-la, porque foi ela quem o deixou, e dizer-lhe que a filha pode ir para a escola pública, como ele fez. Ela então se encontra com Munira, que lhe diz que se ela conseguir informações sobre a transportadora para a qual Omar trabalha, ela pagará a mensalidade.
Quando Omar não está em casa, Farida encontra muitas informações e dá o que tem a Munira… mas não tudo. Ela também dá para o marido de Yara, que é executivo do banco. Sua esperança não é apenas receber uma recompensa, mas um emprego.
De quais programas isso o lembrará? A Troca tem uma vibração semelhante com outros programas de época em que as mulheres começam a fazer incursões em um mundo anteriormente dominado por homens, como Sirigaita ou Sra. América. Um show que é um pouco relacionado é segunda-feira negra.
Nossa opinião: A Troca, criado e escrito por Nadia Ahmad, é um programa que estabelece uma premissa intrigante, devido ao seu período e localização. Ações e finanças era um campo bro-ish em 1987, não importa onde no mundo estava sendo praticado. Mas no Kuwait, onde as mulheres nem dirigem, na maioria das vezes? Isso certamente aumenta a aposta no que diz respeito ao drama.
Uma história tão intrigante poderia se sustentar, mas a química entre os protagonistas da série, Mahdi e Hussain, certamente eleva a energia do programa a um nível superior. Hussain imediatamente projeta a ferocidade de Munira, abrindo caminho para o mundo das ações e praticamente ignorando os homens ao seu redor que provavelmente se perguntam por que ela está lá, usando salto agulha e roupas de grife. Ela certamente projeta a confiança de Munira em qualquer cenário.
Mas Mahdi é tão forte quanto Farida, embora mostre mais vulnerabilidade. Ela certamente projeta o fato de que Farida deixou o marido, imaginando que ela estaria melhor infeliz sem ele do que infeliz com ele. É uma sensação de poder que ela está tentando transmitir à filha. E quando ela faz seu movimento de poder no final do primeiro episódio, parece que a vulnerabilidade não vai atrapalhar. Essa jogada também configura o fato de que a rivalidade entre Farida e Munira vai ter muito mais em jogo do que alguns milhares de dólares por uma escultura.
Sexo e Pele: Nenhum.
Tiro de despedida: Depois de comprar com sucesso as ações da transportadora com base nas informações de Farida, Munira ergue os olhos para a prima, no escritório do executivo com vista para o andar, e olha para ela, ao mesmo tempo impressionada e desconfiada dela.
Estrela Adormecida: Os maquiadores e figurinistas devem fazer uma reverência aqui. Eles mostram como o mundo da moda Kuwati na década de 1980 combinou desleixado com ousado, chique dos anos 50 com geometria e cores dos anos 80.
Linha mais piloto: Por algum motivo, Omar resolve pegar um isqueiro e colocar fogo na mensalidade vencida, como se o débito deixasse de existir caso ele queimasse a fatura. O homem pode ser rico, mas a lógica não é o seu forte.
Nossa Chamada: TRANSMITA-O. A Troca é uma viagem intrigante para um lugar e tempo diferentes, com dois protagonistas que funcionam bem juntos.
Joel Keller (@joelkeller) escreve sobre comida, entretenimento, paternidade e tecnologia, mas não se engana: é um viciado em TV. Seus textos foram publicados no New York Times, Slate, Salon, RollingStone.com, VanityFair.comFast Company e em outros lugares.